domingo, 22 de junho de 2008

Conto

Pra mim? Mas... não precisava. Ficamos em silêncio enquanto eu abria o saquinho perfumado com uma lembrancinha de sua recente viagem à Paraíba. Eu meio surpreso, ela com cara de boba. Quando estiveste lá?

- No último fim de semana. Lembra que te prometi um presente de aniversário?

Lembro sim, respondi. Agradeci com um abraço duradouro, quase romântico. Aquele corpinho, hoje mais curvilíneo, era meu fruto proibido, minha mais doce e voluptuosa tentação. Ela é minha aluna, mas eu não resistia.

Vez ou outra, durante as aulas, nossos olhares uniam-se em resquícios de segundo em que sua timidez permitia levantar-lhes, eu sentia o magnetismo que aquela mulher provocava em minha pele, perdia o fôlego. Desejava possuí-la ao menos uma noite.


[continua]

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