domingo, 28 de setembro de 2008

Oblíqua

Nunca lembro de esquecer que aquela noite fora
a mais libidinosa
dentre tantas
que já me permiti viver, que
alimenta minha fantasias
frutos de um desejo obliterado
trancado
nas horas daquela noite

Fora tu
o mais carinhoso dos amantes
dentre tantos
que já me permiti ter, queria
possuir-te para me fazer possuída
ou, possessiva, possuir-te de arremate
prender-te entre meus beijos
para viver o gozo de amar-te

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Célere

Minha vida não está completa
não sou forte, nem sou grande
sou uma asa do vento insistente
que sonha retornar ao regaço
de meu amor maior.

Sou poeta
Ambiciono o pôr-so-sol no horizonte da enseada tropical
onde eu posso, enfim, gozar os louros
de uma vida de busca
de resignação
de emplasto

Quero mais uma vida curta de idas e vindas
a uma longa vida de nostalgia do retorno não cumprido.
Bem mais desejo um amor que me alucine,
tormete e me faça ceifar dos neurônios a vida
a um prazer eterno de já ter sido Amante
ainda que não tenha a sorte de ser Amada

Mas a sorte
ela tem vento nos pés
passa pé-ante-pé, cochicha segredos em meu ouvido
enche-me de ilusões e foge
Foge!
e eu que adoro ser iludida...

Ilusão é própria dos amantes
é o maior baluarte do Amor que possuímos
e que distribuímos,
a ilusão e o amor.